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17 de jun de 20212 min

Cresce percentual de jovens que pensaram em parar de estudar na pandemia, aponta pesquisa

Em 2020, 28% afirmou pensar em desistir dos estudos; em 2021, percentual é de 43%. Entre eles, 28% apontam motivos financeiros e 14% dificuldade com ensino remoto.

O percentual de jovens que já pensou em desistir de estudar durante a pandemia cresceu de 28%, em 2020, para 43% em 2021. O índice fica ainda maior se considerada a faixa etária de 18 a 24 anos, quando chega a 49%.

Entre os motivos, 21% dos jovens dizem que pararam de estudar por questões financeiras e 14% por dificuldades no acesso ao ensino remoto.
 
Os dados são da pesquisa Juventude e Pandemia, do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve). Foram ouvidos 68 mil jovens de 15 a 29 anos em março e abril deste ano.

O levantamento aponta desafios na educação para manter os jovens engajados nas escolas durante o período de suspensão das aulas presenciais e aponta como a falta de ações pode prejudicar o ensino e aprendizagem, como o acesso ao ensino remoto.

Na última sexta (11), o governo promulgou a lei que garante internet gratuita a professores e alunos carentes. O projeto de lei havia sido vetado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Com a derrubada do veto, serão destinados R$ 3,5 bilhões para ações que promovam a conectividade.


 
"A situação é grave", afirma Marcus Barão, presidente do Conselho Nacional da Juventude. "Precisamos urgentemente de ações concretas, com real capacidade de promover mudanças, atendendo as demandas emergenciais e apresentando perspectivas de futuro", defende.
 

O levantamento teve parceria das entidades Em Movimento, Fundação Roberto Marinho, Mapa Educação, Porvir, Rede Conhecimento Social, Unesco e Visão Mundial.


 
Saúde mental
 

A pesquisa apontou ainda que, quase um ano após a suspensão das aulas presenciais, os jovens continuam apontando sentimentos como ansiedade, cansaço, e insônia:


 
6 a cada 10 jovens relatam ansiedade e uso exagerado de redes sociais;

5 a cada 10 sentem exaustão ou cansaço constante;

4 a cada 10 têm insônia ou tiveram distúrbios de peso

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